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MC Cristal, ex-Julia Paes, vira funkeira: 'Perto do que já fiz, hoje sou santa'
Ela já fez até filme pornô com Thammy Miranda, mas agora quer ser reconhecida como cantora. 'Não renego meu passado, mas me arrependo.'
Bárbara Vieirado EGO, em São Paulo

Mc Cristal volta ao Beco do Batman, Zona oeste de São Paulo, onde gravou o clipe de sua música "Quem pode, pode" (Foto: Iwi Onodera / EGO)



MC Cristal, 28 anos, já foi conhecida como Júlia Paes na época da banda Sexy Dolls, quando cantava ao lado de Sabrina Boing Boing e Carol Miranda, em 2008. Antes disso, porém, a agora funkeira fez um filme para adultos com Thammy Miranda. "Me arrependo quando vejo, não tenho orgulho, não. Na época que fiz a internet expandiu muito e todo mundo viu", relembra ela, que fez cenas de sexo explícito com a filha de Gretchen em 2007. "A proposta era muito boa e financeiramente me ajudou muito. O apartamento que moro comprei com esse dinheiro", relembra ela, que no entanto, perdeu outros contratos como modelo. "Perdi contrato de um comercial que eu fazia para uma montadora porque não podia ter nenhuma polêmica envolvendo meu nome", conta ela.
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Mas são águas passadas. Casada desde 2010 com o empresário Gabriel Ribeiro, 28, e mãe de três filhos, MC Cristal agora quer se firmar como cantora e compositora de funk. "Não renego meu passado, mas tenho coisas novas para mostrar. Quero ser reconhecida como cantora e compositora. O mercado sensual tem tanto espaço, porque a Música é tão mais difícil? A música é para trazer alegria e é isso que quero levar para as pessoas." Dos velhos tempos não restou nem amizade com Thammy. “Faz tempo que não nos falamos, mas soube (da transição de gênero dela). Acho que cada um tem o direito de escolher o que é melhor para si, de acertar e de errar também. E acho um desperdício, as próteses (de silicone nos seios) estão tão caras”, brinca ela, bem humorada, sobre o fato de Thammy ter retirado as mamas.
Mc Cristal (Foto: Iwi Onodera / EGO)

Carreira na música
Agora, MC Cristal quer deixar para trás os velhos tempos. “É muito mais fácil mostrar a bunda, mas não é tão gratificante! O legal é fazer música, passar uma mensagem para as pessoas. Se eu tiver que mostrar a bunda para aparecer, é porque meu trabalho não é bom”, opina ela.

MC Cristal não é nenhuma novata na música. “Já gravei MPB, pop, fiz dois discos. Mas escolhi o funk porque ele vive um momento legal, e tem lugar para fazer show, não é como pop. Sou muito eclética, escuto de tudo e no funk você consegue brincar com os estilos”, diz ela. “Fui gravando singles e lançando aos poucos. Nos shows vou cantando músicas de outros artistas também. E estou aprendendo a tocar flauta doce e gaita. Tenho quatro dançarinos e um DJ no palco.”
Júlia Paes (na frente) com Carol Miranda e Sabrina
Boing Boing (à direita), na época das Cat Dolls
(Foto: Iwi Onodera/EGO)

Dos antigos tempos com as Sexy Dolls ela se lembra de muito trabalho. “Era um grupo rebolativo com versões da banda Pussy Cat Dolls. A gente estava num ritmo muito intenso e quase não ia para casa”, relembra. “Perto do que já fiz, hoje sou uma santa. Meu visual mudou bastante, muita gente nem lembra mais de mim como Julia Paes. Mas lembram de mim pelas coisas polêmicas. Quantas vezes fiz trabalhos para ajudar instituições carentes e a imprensa não foi cobrir? A mulher pode ser sensual, mas não é só isso. Infelizmente as pessoas só nos vêem assim”, pondera.

“Quem pode, pode”
Paulistana nascida na Aclimação, MC Cristal voltou ao Beco do Batman para fazer as fotos dessa reportagem. O local é uma espécie de reduto de grafite no bairro boêmio da Vila Madalena, Zona Oeste de São Paulo, e uma das locações do clipe “Quem pode, pode”. “Gravei aqui e embaixo do Viaduto da 23 de maio, pedimos licença para os moradores de rua e mandamos ver! Também fizemos algumas cenas na comunidade da Caixa d'Água (Zona Leste da capital paulista) e nunca fui tão bem tratada!”, diz ela, elogiando os moradores.

“Adoro São Paulo, as pessoas valorizam muito as coisas gringas, mas eu adoro minha cidade, temos muitas coisas bonitas. Gosto muito da mistura do pop com o funk e acho que São Paulo representa bem isso essa mistura de raças e estilos”, diz ela.

Mc Cristal posa no Beco do Batman (Foto: Iwi Onodera / EGO)
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